sábado, 3 de dezembro de 2011

MINHA COMPANHIA COMPANHIA MINHA...


 
Noites eternas de solidão
Passadas entre quatro paredes
Numa longa longa escuridão
Sem dar lugar a amanheçeres.
 
Minha companhia mas qual?
O mistério de não saber
De querer e no final
Estar só sem amanheçer.
 
Quero a companhia de uma luz
Que me preêncha, me venha salvar
Tenho medo pois não sei onde a puz
E também não sei como a encontrar.
 
Se ao menos uma companhia existir
Talvez a haja, mas não para mim
Companhia que se deve sentir
Perto ou longe mas sem ter fim.
 
O fim é uma tragédia sem igual
De uma companhia escura tão escura!
Podendo ser um prinçípio um sinal
De uma nova companhia! A frescura.
 
Todas estas noites indetermináveis
Um dia irão levantar âncora e navegar
Para outros máres profundos infindáveis
Deixarem-me livre para o novo abraçar.
 
Enquanto isso não aconteçer espéro!...
Eu nas minhas noites de solidão
Escrevo e escrevo porque quero
Ter uma companhia a dar-me a mão.


SAXON 30-11-2011 MC.BATISTA

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