Tão apertadas sem me deixarem respirar!
Poderosas lançando-me ao chão,
Amarras de mim mesma em betão.
Solidas, elas, que não me permitiam sonhar!
Assim foi passando o tempo implacável...
Tão seguro de si, arrebatador!
Eu; amarrada só, transparente sem cor.
Amarras que eram minhas, insuportáveis!
Que tudo decidiam por mim.
Sem nunca me deixarem querer...
Como se não tivesse direito a viver,
Apodrecia aos poucos sem ver um fim!
Até que um belo dia o sol apareceu...
Iluminou a minha vida,
Preencheu cada espaço de mim perdida,
Soltou amarras, que eram minhas! Venceu...
Deu lugar ao sentir, ao sorrir...
... Ao mistério, a surpresa!
Mostrou-me o quão importante é nunca desistir.
Ah! Doce mistério... doce beleza!
Amarras de mim mesma partidas.
Por um sol amor sem igual,
Lembranças menos boas esquecidas,
Amor sempre vieste afinal?
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