sexta-feira, 30 de agosto de 2013

NO DIA...


Em que as palavras se tornaram mudas,
Breves letras sem sentido,
Dispersas, pareciam nem falar.
Sós, ecoavam no vazio,
No gelo que em mim se fazia sentir.
No dia em que emoções,
Ficaram surdas!...
Sem tempo para se fazerem ouvir,
Em fase terminal, não sabiam sonhar...
Nesse dia...
Dia sofrido,
Dia de esquesitas sensações,
Foi o dia em que tudo se transformou,
E lentamente o meu coração gelou!

Mc.Batista
Saxon(30-08-2013)

quarta-feira, 28 de agosto de 2013

EMBARQUEI NUM SONHO


Na fragilidade da vida,
Embarquei num sonho.
De letras letras fiz o meu querer,
Construí barcos para assim poder navegar...
... No meu sonho, numa lágrima caída,
Transformada em mar!
Procurei quem comigo quisesse vir,
Éramos mais com o mesmo sonho.
Levantamos âncora dos barcos de papel,
Construído, decorado a letras e...
Lá fomos nós, para na vida renascer...!

Mc.Batista
Saxon(28-08-2013)

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

VIDA ERRANTE




No teu corpo me fiz,
Errando a cada passo.
No teu relevo vi fantasmas,
Ergueram-se medos,
De olhos fechados, deixei coisas por fazer!
Nesta vida quem quer ser feliz?
Eu e tantos outros... somos almas!
Vagamos com mais ou menos direcção,
Depois; e o cansaço!?
Faz-nos reféns, mesmo, daquilo que não temos.
Ah... vida errante! Talvez, sem solução,
Talvez, só, expectante!
Para assim ver...
...se em ti somos capazes de sobreviver!
 
Mc.Batista
Saxon(26-08-2013)

terça-feira, 20 de agosto de 2013

NUMA TELA


Pinto os meus sonhos...
Em suaves pinceladas,
Dou-lhes cor,
Sem deixar que desbotem.
Crio-os, recrio-os, são meus!
Guardo-os numa tela junto a mim,
Meu eu, minha identidade, minha imagem.
Caso a minha memória faça das suas,
Estarão lá, para que nunca os possa esquecer.
Meus sonhos... meu amor...
Numa tela pintados, não terão fim.

Mc.Batista
Saxon(20-08-2013)

domingo, 11 de agosto de 2013

ONDAS DESERTAS OU MAR DESERTO




Num mar deserto de ti,

Ondas vagavam,
Outras choravam,
Nunca outro mar assim vi!

Incolor, manchado de ausência.
Ondas desertas de sentir,
Cansadas de ir e vir,
Num mar profundo, um mar de carência.


Já nem as algas queriam lá estar,
Os peixes, eles, esqueciam o seu belo nadar,
As ondas, agora desertas, não queriam viver...

Um mar perdido no tempo!
Ondas desertas esperavam o momento,
Para que num outro mar pudessem ser...

Mc.Batista
Saxon(11-8-2013)

quinta-feira, 8 de agosto de 2013

LOUCURA DOS SENTIDOS

Olhos usurpadores, fingem ver...
... Vêem labaredas num mar despido.
 
Ouvidos que escutam silêncios,
Num ruído constante.
 
Um nariz cheira odores perdidos,
Passados, encalhados num lado qualquer.
 
Uma boca fechada,
Um sabor do que não se tem.
 
Mãos sem nunca tocarem,
Definham em precípicios e num instante...
Renascem das cinzas o desaparecido.
 
A loucura dos sentidos...
Esculpida numa árvore enraizada!

Mc.Batista
Saxon(8-8-2013)

terça-feira, 6 de agosto de 2013

COM ALGUMAS CORES

 
Pintei um mundo.
Em tons azuis,
A saudade, os meus uis,
Todos, segundo a segundo.
 
De vermelho; quis ver o mar...
... Mar intenso,
Quanto imenso,
Com a cor vermelha o quis pintar.
 
Ao sonho dei-lhe cores amarelas,
Brilhantes como o sol, as estrelas,
Julgando mesmo, que sorriam para mim.
 
Tanto havia ainda por colorir...!
Resolvi, então, ao céu subir,
E por lá ficar, vendo o mundo assim.

Mc.Batista
Saxon( 6-8-2013)